Nos últimos anos, a Inteligência Artificial ganhou tanto protagonismo que muitos acreditam que ela, sozinha, será responsável por transformar a área de Recursos Humanos. Mas a verdade é que o RH do futuro não será movido apenas por tecnologia, e sim por cultura, pessoas e propósito.
A IA já está integrada às rotinas do setor e continuará crescendo. Mas, entre as 14 principais tendências mapeadas, a maior parte delas tem algo em comum: elas dependem diretamente da experiência humana, de conexões genuínas e da construção de comunidades internas sólidas.
A seguir, destrinchamos as tendências mais relevantes para 2026, conectando o que o mercado aponta com o que o NOZ observa diariamente dentro das empresas que apoiamos.
1. Gestão Comportamental + Cultura Viva
As organizações estão entendendo que não existe estratégia de gente sem compreender profundamente quem são as pessoas, seus perfis, forças e motivações. O avanço da gestão comportamental integrada a People Analytics, permitindo decisões mais precisas sobre liderança, formação de times, sucessão e retenção.
Mas há um ponto crítico: A tecnologia só funciona quando a cultura permite que ela seja aplicada com transparência e segurança psicológica.
Empresas com comunidades internas ativas conseguem acelerar esse processo, porque as pessoas participam mais, compartilham mais e se sentem parte da construção.
2. Softwares completos sim — mas com humanização sempre
Há uma tendência clara à centralização das ferramentas de RH para reduzir ruídos e aumentar eficiência.
No entanto, plataformas robustas só atingem seu potencial quando são acompanhadas por uma estratégia de relacionamento.
E aqui entra o ponto de virada: Sistemas organizam. Comunidades engajam.
A tecnologia pode ser o meio, mas a cola que mantém todos conectados é humana.
3. Benefícios Flexíveis: personalização como pilar de pertencimento
Os colaboradores buscam autonomia, bem-estar e equilíbrio, e querem benefícios que conversem com sua realidade individual.
Essa tendência conversa diretamente com o que o NOZ vê nas comunidades internas: Quando as pessoas sentem que suas necessidades são ouvidas, elas se engajam mais, participam mais e permanecem por mais tempo.
4. Diversidade, Inclusão e Segurança Psicológica
Apesar de oscilações de investimento, o tema continua sendo prioridade, e não apenas por reputação.
Empresas diversas inovam mais, engajam mais e são mais resilientes.
O papel do RH na promoção de diversidade e inclusão
A pesquisa mostra que:
• 53% das empresas já têm iniciativas de D&I
• 85% dos RHs reconhecem responsabilidade direta sobre o tema
Mas há um ponto essencial quanto em todas as comunidades internas bem-sucedidas: Diversidade sem segurança psicológica vira discurso e não prática.
E segurança psicológica só existe quando há relações, vínculos, rituais e troca — pilares centrais de uma comunidade.
5. Desenvolvimento de Soft Skills e Planejamento de Futuro
Com a escassez de talentos em alta, a prioridade mudou:
— não é mais “atrair pessoas prontas”.
— é “desenvolver, reter e evoluir continuamente”.
Treinamentos isolados não bastam.
É preciso continuidade, rituais, desafios, reconhecimento e espaços onde as pessoas se sintam motivadas a evoluir.
Ou seja: Aprendizagem não acontece sozinha. Ela acontece em comunidade.
6. Flexibilidade, Experiência do Colaborador e Propósito
Outro ponto é a busca por modelos que respeitem as diferentes realidades: remoto, híbrido, presencial, horários flexíveis e o famoso “não me force a voltar sem propósito”.
• profissionais estão dispostos a trocar de emprego por mais autonomia
• 75% pesquisam profundamente a cultura da empresa antes de se candidatar
• propósito e valores ganharam peso real nas decisões de carreira
Isso reforça algo que vemos diariamente no NOZ: Engajamento não acontece dentro do job. Acontece na cultura.
E cultura se constrói com consistência, linguagem compartilhada, rituais, pertencimento e conexão — exatamente os pilares de uma comunidade corporativa.
7. Aprendizagem Contínua e Preparação para a Nova Força de Trabalho
Com a automação avançando, as empresas precisarão redefinir suas estruturas, preparar lideranças e reinventar funções.
Mas há um alerta: Não adianta tecnologia se as pessoas não estiverem preparadas para usá-la.
Por isso, 2026 será um ano de:
• times mais multidisciplinares
• colaboração mais forte entre RH e TI
• desenvolvimento contínuo como estratégia, não benefício
• líderes que facilitam, e não apenas gerenciam
E, novamente, tudo isso depende de relações, não apenas sistemas.
O que tudo isso significa para as empresas?
Que a grande tendência de RH para 2026 não é IA.
Não é automação.
Não é ferramenta.
É gente.
É cultura.
É comunidade.
Porque comunidades:
✔️ aumentam engajamento
✔️ reduzem turnover
✔️ fortalecem cultura
✔️ estimulam colaboração
✔️ geram pertencimento
✔️ dão voz aos colaboradores
✔️ transformam aprendizado em resultado
E isso vale para qualquer segmento — indústria, varejo, serviços, franquias, saúde, educação e muito mais.
Conclusão: RH de 2026 será humano, estratégico e comunitário
O futuro do trabalho pede algo simples, mas desafiador: empresas que cuidam de pessoas com a mesma atenção que cuidam de processos.
A IA será parte fundamental desse caminho, mas será apenas uma peça.
Quem liderará de verdade será quem construir conexões, cultura e comunidades fortes.
E esse — justamente — é o trabalho que o NOZ faz todos os dias.





